quinta-feira, 19 de abril de 2012

Soneto de fidelidade




Soneto de fidelidade


De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento


Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento


E assim quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.


(Vinícius de Moraes)

Harto Oziel, sei que não é nem um pouco interessante copiar, mas sei também, que este soneto é muito valioso para você.

Por isso resolvi registrá-lo aqui. Beijos meu amigo.


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